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=== Vocabulário, ontologia ===
=== Vocabulário, ontologia ===
=== Aplicativos de redes complexas e PLN ===


=== Visualização de redes em evolução ===
=== Visualização de redes em evolução ===

Edição das 03h20min de 20 de outubro de 2013

Este texto é por natureza uma colagem do imaginário humano e de plenitudes psicóticas ou divinas. Observa um momento crítico do processo de unificação da humanidade para contribuição na Revista CyberiuN, uma TranZ-Revista > Plataforma colaborativa.

Nuvens cognitivas e a unificação da humanidade

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O momento presente apresenta-se crítico para unificação da humanidade: a formação de redes de coleta e difusão de informação e bens aponta para complexos cognitivos e uma dissolução do indivíduo. A fragmentação dos discursos e a percolação informacional das estruturas sociais confluem com paradigmas integracionistas e a pulverização dos poderes. Neste contexto, está proposto o levantamento civil de um arcabouço para usufruto destes avanço, principalmente através de ontologias, redes complexas,

processamento de linguagem natural e outras áreas de interesse. Há apoio acadêmico, governamental e civil para estes avanços. Este documento relata a conjuntura, os propósitos, o experimento aberto realizado para criar o cenário propício, andamentos até aqui e projeções para um futuro próximo.

Introdução

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Em 2011 é comprado por crowdfunding um laptop para um menino de Arraial d'Ajuda. No mesmo ano a Microsoft contribui com o kernel Linux, com um número massivo de commits. No mesmo ano, o rei (Steve) dos empregos (Jobs) morre. 2012 como um suspiro firma a transição. Em 2013 desponta uma consciência generalizada sobre processos cognitivos de entidades coletivas e virtuais. Contribuições das passeatas, dos .. e da vaca do fim do mundo. Talvez a previsão maia do fim do mundo para o final de dezembro de 2012 tenha incitado a ideação de algum tipo de transmutação, o que facilitou a incorporação destes elementos de organização social até tão pouco restrito ao incosciênte.


Na busca por propriedades naturais das estruturas sociais

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Com a virtualização da interação e os rastros digitais, um novo patamar de objetividade pode ser alcançado no estudo

das estruturas sociais. As interações e relacionamentos são bem representados por grafos. As atuações em si, além de interações, é acompanhada da produção de texto e outras mídias.

Redes complexas

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Na virada do milênio foram publicados

os artigos seminais sobre as propriedades de pequeno mundo e livre de escala encontrada em diversos grafos inspirados na realidade. Com isso, estabelecia-se dentro da física a área de redes complexas. Dito de outra forma, houve um reconhecimento notório dos aspectos naturais dos grafos de grandes dimensões que representam sistemas reais. Estes sistemas incluem pessoas (vértices) relacionadas por amizades (arestas), genes (vértices) relacionados por intereções (arestas), aeroportos (vértices) relacionados pela existência de linha entre eles (arestas), etc.

Processamento de linguagem natural

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O texto - produzido pelos setores da rede, pelas comunidades e pelos indivíduos - pode ser tratado de forma eficiente como dados a serem minerados, sem grandes deferências ao legado linguístico. Já observações mais especializadas podem usufruir das teorias linguísticas para as técnicas de processamento do texto. A multidisciplinar área de PLN tange uma gama generosa de assuntos, que vai deste a boa formação das palavras e frases até aspectos cognitivos e filosóficos da comunicação verbal.


Experimento aberto de difusão de informação

Este experimento consistiu em três ciclos de interação com toda a rede de amigos de um dos autores deste escrito. No segundo ciclo, houve aproximações de partes interessadas: especialistas, acadêmicos, realizadores, governo, etc. Ao final do terceiro ciclo, as repercussões contadas eram viagens, reuniões, pesquisas, amadurecimentos conjuntos, ferramentas, artigos, etc. O trabalho conjunto levou à criação de circuitos acadêmicos e civis de colaboração e ao amadurecimento do edital 013/2013 da SG/PR, que estabelece chamada para 4 consultores erigirem ontologia e tecnologias virtuais para a atuação civil no estado. Observações psicológicas, antropológicas, filosóficas estão decorrem em eventos propostos e responsabilizados por parceiros.

Descrição informal

É um processo de difusão de informação na rede, interagindo com um certo número de pessoas por dia ou por semana. A lógica é começar com os mais desconectados, com a periferia. Na rede de amizades, uma pessoa desconectada é uma pessoa que não tem amigo algum em comum com a pessoa da qual é a rede. É a fronteira de mundo da pessoa. Começando destes, acionamos o mundo e outras pessoas a respeito do assunto, de forma que ele comece a circular e não cause estranhamento.

Interagindo prioritariamente com os que tiverem menos conexão, move-se gradualmente em direção aos hubs, passando pelos intermediários. Estes corroboram e influenciam os hubs, funcionando com um filtro menos viciado, tendencioso, corrompido ou especializado. Acionando estes, sensibiliza-se mais os hubs, que são os mais robustos (menos influenciáveis). Isso é decorrência de que são os mais imersos no campo de ação e já estabeleceu suas posições, não as mudará facilmente.

O experimento consiste em realizar eEste movimento da periferia para o hub como uma onda suave na rede. Caso esta movimentação facilite a incorporação das informações pela rede, esta apresentará modificações com relação a estas informações, como grupos de interessados e cadeias de pessoas que passam informações relacionadas. Ambos estes resultados foram observados, assim como a mobilização de interessados para encontros, estudos e vínculos maiores.

Descrição formal

Antes de iniciar cada ciclo, a rede de amizades do autor era baixada. Nesta rede, cada amigo é um vértice, as arestas representam amizades entre eles. Os amigos eram então ordenados pelo número de amizades que apresentam. Esta ordenação era seguida à risca, com acionamento de 50-60 pessoas a cada investida, que ocorria com espaçamento variável entre 12h e pouco mais de uma semana.

Em nenhum dos ciclos foi recebido qualquer retorno agressivo ou indignado com a proposta ou a difusão de informação, que pode ser considerado SPAM e "ruim" facilmente. No primeiro ciclo, houve estranhamento sobre o tema, mesagens como: "para que serve isso?", "nunca vi nem imaginei nada assim", e alguns anseios iniciais como "posso ajudar a embasar análises como cientista social" ou "seria ótimo ter uma forma de visualizar toda a minha rede de relações e interação, de todas as plataformas e ferramentas".

A segunda rodada foi marcada por parcerias e por aproximações de grupos especializados, como de cultura digital ou de redes sociais. Postando as redes dos grupos nos próprios grupos, a Rede Tranzmidias cruzou a proposta com amadurecimentos próprios e ressaltou a necessidade de realizar experimentos nas redes. Momento no qual estes ciclos de difusão de informação ficaram bastante aprofundados quanto ao caráter experimental e empírico. Houve frutos artísticos, como as imagens geradas por Pedro Paulo Rocha com as imagens das redes. Consequências acadêmicas envolve incorporação de tipologias, antropologia e performance com Marília Pisani, Débora Antunes, Massimo Canevacci, Juliana de Souza, Rita Wu e Caleb Luporini. O segundo ciclo foi também marcado pelo amadurecimento da proposta da vaca do fim do mundo, reuniões online, visitas em São Carlos de interessados e escritas informais.

Na terceira vez que os amigos foram acionados, dos menos conectados aos mais conectados, resultados começaram a se multiplicar. A wiki apresentava um conjunto interessante de documentos, ferramentas desenvolvidas, galerias de imagens. A vaca do fim do mundo, com os videos, comentários e explicações iniciais, perdeu força para a wiki. As interações eram acompanhadas de discussões pertinentes e apontamentos para informações especializadas. As cadeias de indivíduos com interesse em redes sociais já apresentavam algum conhecimento sobre os grandes grafos e as visualizações se popularizaram. As parcerias desembocaram em pesquisas conjuntas, viagens e elaboração de planos de trabalhos, em especial incorporados pela SG/PR, edital 013/2013.

Resultados

Para além das especificidades acima, foi formado um contexto propício para a proposta de levantamento de um legado civil para aproveitamento destes conhecimentos e facilidades virtuais. Partes interessadas foram reconhecidas, parceiros aproximados, documentos e ferramentas escritas. O experimento iniciou a proposta antropológica de intervenção no objeto de estudo, e acenou para a viabilidade do ferramental natural duro para base comum, ainda anterior ao software computacional mas refletindo imediatamente nele. Os parceiros identificados estão gerando conhecimento e mobilizações confluentes com a proposta, e a chancela acadêmica (IFSC/USP, IFT/UNESP, PRJ/UERJ, CCNH/UFABC) e governamental (SG/PR e MEC) estão sendo trabalhadas. Todos estes andamentos são encabeçados por civis com reuniões e escritas abertas. A documentação inicial deste processo é este escrito e uma sistematização mais profunda destes dados deve ser feita.

Situação atual

As reuniões para amadurecimento das tipologias foram retomadas com Marilia Pisani e Débora Antunes. O antropólogo Massimo Canevacci está puxando um workshop de pesquisa multidisciplinar em São Carlos por conta deste trabalho e para confluir com pesquisas pessoais e de outros. Há 4 perfis de consultores de 10 meses, 72k, para efetivarem propostas relacionadas junto à SG/PR, edital 013/2013. Propriedades naturais estão sendo observadas em redes de interação em emails. "Mega-redes" estão sendo propostas, feitas e observadas como parceria com Ricardo Fabbri e alunos do IPRJ/UERJ. Uma ontologia está sendo escrita para contemplar estas questões e confluir com a participação social no estado. Visualizações de redes em evolução foram desenvolvidas como videos e um aprofundamento está já em andamento. Este texto está sendo escrito para a revista CyberiuN por ocasião do festival virtual por vir.


Conhecimentos e ferramentas

Há um mar de publicações acadêmicas para as áreas de interesse, além de cursos online, por exemplo no coursera. Mesmo assim, há a proposta de colocar estes conhecimentos em circulação através de experimentos/intercenções abertos. Embora alguns resultados sobre uma divisão da rede em periféricos, intermediários e hubs estejam já em mãos, as observações das produções de texto estão ainda sendo sistematizadas. Os conhecimentos mais relevantes estão na wiki e nos links imediatos. Várias ferramentas foram usadas e algumas desenvolvidas, em especial para formação das redes de interação a partir de listas de emails do gmane. Outras ferramentas são em geral scripts curtos que realizam tarefas úteis, como a montagem da mega-rede.


Civis, academia, governo

Os grupos civis mais proximos são ligados ao labMacambira.sf.net, Adorno não é Enfeite, Rede Tranzmidias, Coolmeia, Pontos de Cultura, e grupos independentes. Há sempre algum contato com pessoas dos grupos Metareciclagem, Transparência Hacker, Estúdio Livre, Partido Pirata e Submidialogia.

Docentes e pós-graduandos dos seguintes institutos se aproximaram para produção de conhecimento: IFSC/USP, IFT/UNESP, IPRJ/UERJ, CCNH/UFABC, UFC, IEA/USP. Há propostas de experimentos, escritas e performances. Um workshop sobre pesquisa multidisciplinar está combinado para 11/11 por Massimo Canevacci no IEASC/USP.

A SG/PR emitiu concurso aberto para 4 consultores efetivarem uma parte do que propõe esta pesquisa. Serão 10 meses e uma oportunidade para esta iniciativa acompanhar e contribuir com o que estiver sendo feito. O MEC também está receptivo, em especial quanto à Rede Social do CONAE, que é a conferência nacional de educação e junta mais de um milhão de pessoas.

Próximos passos

Redes complexas => processamento de linguagem natural => tipologias

Vocabulário, ontologia

Aplicativos de redes complexas e PLN

Visualização de redes em evolução

Megaredes

Confluência de interesses, implementações e adoções, melhoras sociais

Bots

Conclusão